Hoje é dia. Eu entro naquele lugar tão conhecido por nós e lembro de cada instante. Para aquele lugar, romantismo não é tão apropriado se você não estiver em algum filme adolescente norte-americano. É incrível: nós não estávamos, e o romantismo estava lá. Cada luz que piscava era como se nosso primeiro olhar fosse trocado de novo. Como se toda aquela tremedeira, aquela coisa sem explicação: borboletas, montanha-russa, roda-gigante e essas coisas estivessem todas ali ao mesmo tempo.
Entrar lá pela milionésima vez era como se fosse a primeira se você estivesse comigo: as músicas, aquele drink, a decoração e tudo mais. E, olha que engraçado: sempre estava. Mesmo que não soubesse. Seilá. Era.
Admito que quando eu finalmente não te encontrava lá, não conseguia não te procurar. Em outros olhos, outros sorrisos, outros gestos e movimentos. Às vezes tentava até outros beijos. Mas nenhum olhar me fazia lembrar aquelas cores que só o seu tinha. Nenhum gesto que se aproximasse de mim fazia minhas pernas tremerem. Nenhum beijo me fazia voar. Não como o seu.
E é aí que eu me ligava que a nossa realidade havia acabado. O que eu estava fazendo ali? Queria que alguém soubesse me responder. Ninguém sabia. Então, sem maiores pretensões, eu saia dali. Encontrava finalmente a minha cama e pedia aos meus sonhos: me vê uma dose de nós, por favor?
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