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6 de jan. de 2011

Memórias de um fim de tarde


Ele: Tá preocupada?
Ela: Um pouco.
Ele: Tá com medo?
Ela: Não.
Ele: Nossa. Mas, por que não?
Ela: Por que estou com você.

E a partir desse ponto, iniciou-se um silêncio, que durou por longos minutos. A história? Vou contar.
Era uma quarta-feira, e eles resolveram que tinham que sair, um desses programas a dois. Não importava a hora. Era fim de tarde, e ela recebeu a ligação:
- Alô.
- Vamos ao cinema hoje, certo?
- Claro que sim!

Sua mãe não concordava muito, devido ao dia e ao horário, mas eles eram jovens e teimosos. Ela, acostumada a sempre obedecer e ouvir o que a mãe dizia, ficou com receios de ir ao shopping mais distante. Mas depois de uma breve conversa, eles se entenderam e foram ver o filme, no shopping mais longe. Na ida, tudo bem. E até rápido. Ao chegar, descobriram que não havia mais entradas para o filme que queriam tanto ver. Decidiram ver outro, que começava 21:15. Ela, aprovou a ideia, como sempre, um pouco reciosa. Enquanto o filme não começava, fizeram o que quase todo casal faz antes de encarar um cinema: Enfrentaram uma fila de um fast-food. Lancharam – estava ótimo –.
Era 22:50 quando o filme, muito bom, acabou, e ele estava um pouco chateado com o horário. Com medo de levar algum esporro, ou qualquer coisinha do tipo. Ela, pra isso, nem ligava. Foram embora. Ela, no inicio, cheia de medos e coisas na cabeça. Ah, a sua imaginação... como era fértil... e algumas vezes, atrapalhava – e como. Eles foram, a única alternativa era uma kombi, feia e sombria. Eles odiavam. Para chegar definitivamente em casa, a outra opção era: outra kombi. Muito mais sombria do que a primeira. Os medos dela, iam embora, cada vez que sentia os braços dele envolvê-la. Ela, estava calada. E enfim, ele quebrou o silêncio. Dizendo o que? Aquelas perguntinhas que escrevi no inicio do texto. Elas foram o suficiente para encher o coração de ambos, com todo o amor que sentiam um pelo outro. O tempo passou, e, ela sentiu naquele silencio um pingo de medo. E resolveu quebra-lo. Ela disse: eu te amo.

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