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29 de mai. de 2012

até amanhã.


 Sete anos se passaram e já não éramos mais os mesmos. Ou melhor, éramos. Nossa vida era aquela rotina. Não era mais amor, era costume. Não era mais paixão, era não saber como é passar um final de semana sozinha.

Eu sei, você sabe. Nós mudamos, mas principalmente você estava diferente. Vinha, me dava um beijo seco, sentávamos no sofá, assistíamos TV. Você reclamava que eu dormia (mas não sabia do meu dia), e a gente brigava. No outro dia, conciliação. Para mais tarde, a gente ser capaz de terminar.  O costume nos uniu de tal forma que dois dias depois, nós voltávamos.

Chega um momento em que a realidade toca. Os sentimentos se vão (não todos) e descobrimos - através de uma briga - é hora de partir. Remar cada um para seu lado, e seguirmos em frente. Seguimos.

Mas suas ruas ainda insistiam em esbarrar nas minhas, e eu sentia que não era o destino.

Não deu certo. Será que você pode entender? Claro que não! Você ainda insiste em me ligar. Ouvi boatos que estava com uma namorada nova. Então por que ainda esbarra em mim? Pode por favor me deixar? Não sei se você lembra, mas eu ainda tenho aqueles dias cheios. Aliás, os seus também não eram tão cheios? O que houve que agora é só saídas? Ok! não é da minha conta.

 Opa, meu telefone tocando aqui. Ah, é você. Tocando em uma ferida que ainda me dói. Me pegando pelo ponto fraco: coisas não esclarecidas. Foram sete anos, e você me conhece bem. Não gosto de deixar frases sem pontos. 

Vir aqui? Esclarecer tudo? Ok. Então, até amanhã.

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