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17 de ago. de 2012

dois dias de folga


Era uma quinta feira. Talvez como outra qualquer, se não fosse o fato de ela não estar com sono às cinco da manhã. E então, ela saiu e seguiu a sua rotina sem rotinas. Estava sentindo um peso de mundo nas costas às dez da manhã, mas, continuou seguindo. Era quinta feira. Logo sexta, e então, ela teria seu tão precioso sábado para dormir e ver - mais uma vez - Across the Universe. Com uma pipoca e seus pensamentos. Ela mal podia esperar por isso.


Mais tarde, no trabalho, teria corrido tudo bem se ela tivesse conseguido dominar a situação ao invés de ter chorado. Na teoria tudo que ela - deveria - viver era tão fácil, que sempre que ela ouvia, ela sonhava com isso na prática. Mas, na hora H, era como se um buraco fosse se abrir e engolir tudo. Ela fazia o que podia, mas... Ainda não era o suficiente.

Às seis da tarde, depois de ter ouvido o que ela já sabia que deveria ouvir, foi afogar as mágoas, e como não havia bebidas, um sorvete, que: se não fosse o fato de estar sem gosto, ela estaria mais feliz. Finalmente, ela ouviu sua música preferida. Aquela, que diz assim: "don't carry the world upon your shoulders". Pena que o conselho que ela tanto dava, era difícil de ser seguido. 
Andando por aí, ouvindo suas músicas e afogada no sorvete, percebeu que já estava escuro, e que, logo ela estaria em casa. Logo, ela poderia derramar toda aquela lágrima contida. Pensar com calma o próximo passo. Dormir em segurança. Para no dia seguinte, começar novamente. Dois dias de folga, e tudo outra vez.

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